Alterações do sono está associado com a perda da capacidade cerebral


Você está dormindo muito menos agora ? Ou você está dormindo mais? De qualquer maneira, isso pode significar que o seu cérebro está envelhecido prematuramente, o equivalente a uma queda de até sete anos.

Em um estudo com mais de 5.400 pessoas com idades entre 45 e 69, os cientistas descobriram que houve redução significativa no poder cerebral em pessoas que tiveram, ao longo de um período de cinco anos, mudança na duração do sono.

O principal resultado do nosso estudo foi que as mudanças adversas na duração do sono parecem estar associadas com uma piora na função cognitiva em pessoas com idade mais avançada

disse Jane Ferrie do departamento de epidemiologia e saúde pública do University College London Medical School, que conduziu o estudo. Os resultados foram publicados na edição de 01 de maio da revista Sleep.

Os participantes foram questionados sobre seus hábitos de sono entre 1997 e 1999 para estabelecer uma referência e novamente entre 2002 a 2004 para uma atualização. Suas funções cognitivas foram monitorados através de um conjunto de testes que incluíram medidas de vocabulário, memória e raciocínio. Eles também realizaram um mini exame do estado mental, projetado para testar os primeiros sinais de demência.

As mulheres que dormiram por cerca de sete horas por noite e os homens que dormiam de seis a oito horas obtiveram maior pontuação. Os que dormiam menos de seis horas ou pouco mais que oito pontuaram menos.

Os pesquisadores então observaram a mudança dos padrões de sono das pessoas. No segundo momento do acompanhamento, entre 2002 a 2004, 7,4% das mulheres e 8,6% dos homens disseram ter aumentado o período em que estavam dormindo em comparação com valores coletados de 1997 a 1999.

Quando comparado com as pessoas cujos padrões de sono não tinham mudado desde a sua primeira pesquisa, aqueles que passaram a dormir mais apresentaram as menores pontuações em cinco dos seis testes de função cognitiva. Só a memória permaneceu inalterada.

Em 25% das mulheres e 18% dos homens, o período de sono caiu, significativamente, desde a primeira pesquisa que serviu como referência. Essas pessoas apresentaram menores pontuações em raciocínio, no vocabulário e no resultado geral dos testes cognitivos.

Os resultados fizeram parte do estudo de Whitehall II, que acompanhou mais de 10.000 funcionários públicos britânicos desde 1985 para investigar como a saúde é afetada por condições sociais.

Numa vida cada vez mais agitada, a qualidade do sono acaba ficando em segundo plano na hierarquia das exigências pessoais.  As pessoas parecem esquecer que, uma coisa simples como dormir, está intimamente relacionado com diversos malefícios da saúde física e mental. Portanto, aqueles que não quiserem enfrentar problemas no futuro, deverão priorizar a hora de dormir.

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